terça-feira, 17 de julho de 2012

Acabo de ter uma experiência nova e muito especial em minha trajetória profissional . Além do Programa Passaporte, que há 20 anos fala sobre turismo para a Bahia, exibido nas manhãs de domingo pela TVE, propus a Rádio Metrópole abrir um espaço para a comunicação sobre o "turismo", que em minha opinião, é a grande vocação da cidade de Salvador e do estado da Bahia. A Metrópole topou o desafio na hora, e como não havia espaço disponível em sua grade de programação, fechamos que a terça-feira do Metrópole Serviço, que é apresentado por minha amiga querida e super profissional Dina Rachid, seria dedicada ao turismo. Dina tem um público fiel, apaixonado! Em poucos meses deste projeto, a terça-feira do turismo ganhou enorme repercussão. Tenho convidado todos os setores para um debate que tem como objetivo o crescimento, valorização, fortalecimento e maior entendimento sobre a atividade do turismo. Estudiosa e apaixonada pelo tema, tenho escrito editoriais que visam despertar reflexões sobre nossa cidade, sobre o estado, sobre o destino e sobre nós, turistas permanentes desta nossa Bahia. Claro que tem dias, como hoje, que me empolgo! Deixo aflorar com força o que sinto, o que penso, porque em mim não cabe profissional sem paixão, sem envolvimento verdadeiro, sem comprometimento, sem sangue nas veias, sem liberdade do pensar. A rádio é um veículo incrível e a enorme audiência da Rádio Metrópole coloca o profissional em cheque. Os telefones não param! Mas hoje o Alessando me fez chorar... Ele ligou super irritado dizendo que eu estava falando muito! Foi agressivo, muito indelicado, e pela primeira vez em 30 anos como jornalista , fiquei constrangida , magoada com a opinião de um ouvinte ou telespectador. Não pela opinião do Alessandro, mas pela agressividade em sua voz. Como havia acabado de indicar para um ouvinte os serviços de duas agências de viagem no ar, cheguei a pensar ser uma reação de concorrência sem ética de mercado, mas preferi acreditar que na Bahia não tem destas coisas... Saindo da rádio, de volta para casa, ainda com os olhos cheios d'água, percebi que apesar de tanto tempo como profissional de comunicação na Bahia, me importo com o que o meu público sente, pensa ou fala... E foi neste instante que sequei meus olhos e senti a jornalista em mim! Quero agradecer ao Alessandro por me levar a tantas reflexões. Por me testar! Quero agradecer ao Alessandro pelas inúmeras mensagens e telefonemas que recebi transbordantes de carinho e admiração. Pude constatar a enorme audiência do programa! E obrigada Alessandro , pelo mais importante: depois de tanto tempo nesta estrada da comunicação, sou uma jornalista por vocação, daquelas que se emociona, que chora e que ri por paixão. Obrigada Alesandro! Me queira bem!

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