quarta-feira, 16 de novembro de 2011

BRIGA PRA CACHORRO GRANDE

Guilherme Paulus, que preside a CVC, uma das maiores operadoras de turismo do país, disse que a Bahia precisa mudar a forma como tem promovido o destino e que a Bahia está   fora do mercado do turismo nacional e internacional.
O turismo,  uma atividade sensível ,  se abate com qualquer mudança  política, econômica, social , com mudanças climáticas e não será diferente com uma declaração como a do Guilherme na porta, na  boca do verão.
Ninguém pode prever o  que passa na cabeça do turista quando decide por um destino para viajar.
E como no balançar de uma  gangorra, o empresário do turismo fica  à mercê dos ventos .
Para um destino se consolidar,  para atrair e manter   um fluxo de visitantes capaz de justificar  a permanência de vôos, investimentos em hotelaria, capacitação profissional, qualificação de serviços e uma infra estrutura urbana decente, tem que ter  trabalho planejado, pesquisa, estudo de viabilidade,  acompanhamento das ações, presença permanente e constante nos pólos emissores de turistas, em eventos específicos do setor, um tremendo jogo de cintura para convencer os emissores a colocar o destino nas prateleiras, fortes argumentos para convecer a companhia  aérea a trazer seus aviões,    e  é preciso  se reinventar a todo momento para se apresentar diante de uma  concorrência  que cresceu rapidamente, se profissionalizou e que é pouco leal.
 É briga pra cachorro grande.
Não é fácil.
Leva tempo, exige  dedicação, investimentos vultosos,   permanentes,  e um tremendo  poder de negociação.
Um trabalho que não se faz da noite para o dia  mas que do dia para noite pode ruir.
Assim é a atividade do turismo.
Uma atividade que vive e que sofre com os altos e baixos.
 Uma atividade especialista em se adaptar ao novo, que vive de sustos, que vive de bombas, que aprendeu a driblar o dia a dia com paixão.
Turismo precisa de técnicos.  Tudo o que é empírico já foi feito e testado.
Destinos como  Fortaleza, Natal, Recife, Olinda e até a pequena  Aracaju, que era o  quintal da Bahia,  aprenderam a lição de casa e estão dando um show de competência.
A Bahia, este estado múltiplo , diverso,  rico  em atrativos e  com uma gente com história para contar e encantar, tem que pagar o ônus de ser singular.
Sempre será cobrada  e é bom que seja assim.
Tem que responder com ações, com trabalho e com resultados.
Eu sempre estarei na torcida.
 Acompanhando ombro a ombro.
Sofrendo e vibrando junto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário