Guilherme Paulus, que preside a CVC, uma das maiores operadoras de turismo do país, disse que a Bahia precisa mudar a forma como tem promovido o destino e que a Bahia está fora do mercado do turismo nacional e internacional.
O turismo, uma atividade sensível , se abate com qualquer mudança política, econômica, social , com mudanças climáticas e não será diferente com uma declaração como a do Guilherme na porta, na boca do verão.
Ninguém pode prever o que passa na cabeça do turista quando decide por um destino para viajar.
E como no balançar de uma gangorra, o empresário do turismo fica à mercê dos ventos .
Para um destino se consolidar, para atrair e manter um fluxo de visitantes capaz de justificar a permanência de vôos, investimentos em hotelaria, capacitação profissional, qualificação de serviços e uma infra estrutura urbana decente, tem que ter trabalho planejado, pesquisa, estudo de viabilidade, acompanhamento das ações, presença permanente e constante nos pólos emissores de turistas, em eventos específicos do setor, um tremendo jogo de cintura para convencer os emissores a colocar o destino nas prateleiras, fortes argumentos para convecer a companhia aérea a trazer seus aviões, e é preciso se reinventar a todo momento para se apresentar diante de uma concorrência que cresceu rapidamente, se profissionalizou e que é pouco leal.
É briga pra cachorro grande.
Não é fácil.
Leva tempo, exige dedicação, investimentos vultosos, permanentes, e um tremendo poder de negociação.
Um trabalho que não se faz da noite para o dia mas que do dia para noite pode ruir.
Assim é a atividade do turismo.
Uma atividade que vive e que sofre com os altos e baixos.
Uma atividade especialista em se adaptar ao novo, que vive de sustos, que vive de bombas, que aprendeu a driblar o dia a dia com paixão.
Turismo precisa de técnicos. Tudo o que é empírico já foi feito e testado.
Destinos como Fortaleza, Natal, Recife, Olinda e até a pequena Aracaju, que era o quintal da Bahia, aprenderam a lição de casa e estão dando um show de competência.
A Bahia, este estado múltiplo , diverso, rico em atrativos e com uma gente com história para contar e encantar, tem que pagar o ônus de ser singular.
Sempre será cobrada e é bom que seja assim.
Tem que responder com ações, com trabalho e com resultados.
Eu sempre estarei na torcida.
Acompanhando ombro a ombro.
Sofrendo e vibrando junto.
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