domingo, 22 de janeiro de 2012

A maior empresa do Brasil deve mudar de comando no mês que vem. O atual presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, passará o cargo para a diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, no próximo dia 13 de fevereiro, na reunião do Conselho Administrativo da estatal, informou ontem a Globonews. Gabrielli, que está há quase sete anos à frente da companhia petrolífera, deve assumir um cargo no governo Jaques Wagner e, depois, disputar as eleições em 2014 para o governo da Bahia ou para o Senado. O cargo de Graça como é conhecida , por sua vez, terá uma "solução interna", ainda de acordo com a Globonews. Embora a Petrobrás não tenha confirmado a infromação, a saída de Gabrielli já é alvo de especulações desde o ano passado, por suas aspirações políticas. Também era esperada sua substituição por Graça. Isso porque a diretora tem perfil técnico, bem ao gosto da presidente Dilma Rousseff, de quem é amiga. Engenheira química com pós-graduação em engenharia nuclear pela UFRJ, ela é considerada competente, leal a seus superiores, exigente e às vezes pouco afável nas negociações o que faz com que muitos a vejam como uma pessoa dura. Funcionária de carreira, comandou seu programa de biodiesel da estatal. A história de Graça reflete diversos pioneirismos. Ela entrou na estatal como estagiária em 1978 e chegou a ser uma das primeiras mulheres a trabalhar "embarcada" nas plataformas de petróleo em alto- mar. Ela ocupou diversos postos de prestígio na companhia e no setor energético. Esteve à frente, por exemplo, da BR Distribuidora e da Petroquisa. Além disso, já esteve na administração federal: foi titular da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia quando Dilma era a titular da pasta. Ali, coordenou o Prominp, programa de qualificação da indústria do petróleo, e o programa de biodiesel do governo. Mas foi no retorno à Petrobras ela voltou para substituir Ildo Sauer na diretoria de Gás onde se fez mais conhecida e mostrou alguns traços de sua personalidade. Além de estar totalmente envolvida com o desenvolvimento do pré-sal, foi muito combativa na chamada "crise do gás", quando Brasil e Bolívia divergiram sobre a quantidade e o preço de combustível do país andino que viria para o Brasil.

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