O turismo gay representa 10% do fluxo mundial anual de viajantes e engloba 15% da despesa total realizada pelos usuários no setor, segundo dados da Organização Mundial de Turismo (OMT). A OMT apresentou na quinta-feira (19) na Feira Internacional de Turismo de Madri (Fitur) um estudo sobre os hábitos de consumo de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, que evidencia a "crescente demanda" por novos serviços para uma "modalidade segmentada", mas que "tende à normalização" dentro da oferta turística. Aproximadamente 10% dos 980 milhões de turistas que viajaram no ano passado a diversas partes do mundo consumiram produtos de lazer, pacotes e viagens dirigidos ao público homossexual. Trata-se de um perfil com poder aquisitivo alto, capacidade para viajar em qualquer data do ano e que gastam em média, por exemplo - no caso dos que visitam a Espanha-, cerca de 130 euros por dia durante sua permanência. De acordo com o estudo, os gays, principalmente os europeus, dedicam anualmente mais de 8 mil euros por pessoa ao lazer e viajam quatro vezes mais que a média, pois seu comportamento como consumidor é o de uma pessoa solteira sem filhos, o que lhes permite ter uma despesa maior.