quinta-feira, 1 de março de 2012

Conhecer de perto a vida dos nossos antepassados e reconstruir a história e costumes dos povos antigos, antes de qualquer colonização, é um privilégio de poucos no mundo moderno. Os sítios arqueológicos da Bahia proporcionam uma experiência única de contato com a civilização pré-histórica que habitava o interior do Estado há milhares de anos. Pinturas rupestres, gravuras em pedras, artefatos e fósseis compõem um rico acervo que leva o visitante a uma verdadeira viagem no tempo. Em mais de 50 municípios baianos agrupam-se centenas de sítios arqueológicos com pinturas e gravuras rupestres, espalhados em várias partes do Estado, como na Chapada Diamantina, na região da Caatinga, no Cerrado e no Vale do São Francisco, em uma gama de ambientes onde se podem encontrar diversas tradições de arte rupestre. Muitos sítios arqueológicos mostram pinturas sobrepostas, indicando que os desenhos foram feitos em épocas diferentes. A estimativa de datações dos tipos de pinturas é realizada, geralmente, através da análise de artefatos encontrados próximos às pinturas e de análise das rochas que abrigam esses desenhos. Nesse sentido, o envolvimento da comunidade local é de fundamental importância. Algumas cidades, a exemplo de Morro do Chapéu, Lençóis, Palmeiras, Iraquara e Wagner já estão trabalhando com projetos de educação e sensibilização da população local, para gerir o patrimônio e discutir as atividades sociais que envolvem os sítios. A região central da Chapada Diamantina se destaca pelas potencialidades do turismo arqueológico no Estado. Seguindo pela BA-052, conhecida como Estrada do Feijão, encontram-se algumas dessas ricas obras de arte que contam a história da humanidade e foram conservadas por milhares de anos. Entre os locais de visitação mais procurados por turistas, encontram-se os municípios de Morro do Chapéu, Central e Gentio do Ouro, que agrupam cerca de 30 sítios arqueológicos com pinturas rupestres. Os sítios arquelógicos da Chapada também são preservados através de iniciativas como o Programa de Pesquisa e Manejo de Sítios de Arte Rupestre da Chapada Diamantina.  Através de identificação e registro das pinturas e gravuras rupestres em seu contexto ambiental, atividades de educação patrimonial e elaboração de circuitos arquelógicos, o programa auxilia na preservação do patrimônio cultural e no desenvolvimento econômico sustentável na região. Você também pode participar desse projeto identificando o patrimônio cultural em sua cidade, valorizando os artistas e manifestações culturais típicas de sua comunidade, reconhecendo e respeitando a diversidade cultural, divulgando nosso patrimônio cultural e esclarecendo outras pessoas quanto ao seu valor, e denunciando atos de vandalismo contra o patrimônio através do telefone (71) 3117-6494, ou do e-mail ouvidoria.ipac1@ipac.ba.gov.br.

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