terça-feira, 20 de março de 2012

Hoje no nosso programa sobre turismo na Rádio Metrópole falamos sobre acessibilidade no turismo. Alguns países desenvolvidos como França, Espanha, Estados Unidos e Canadá, tem dado uma atenção toda especial ao turismo acessível. No Brasil, cerca de 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Sem contar que 14 milhões de pessoas são idosas e que portanto podem apresentar algum tipo de necessidade especial. As pesquisas apontam que em 2025 , teremos no Brasil um enorme percentual de pessoas com mais de 60 anos. Estamos nos preparando para isso? Quando a gente pensa em acessibilidade, a primeira coisa que vem a cabeça é uma rampa para cadeirantes. . Mas o que é acessibilidade? Uma mulher grávida poder subir num ônibus e passar pela roleta também não é acessibilidade? Um anão ter um balcão na sua altura para comprar um ingresso não é acessibilidade? Uma pessoa obesa poder sentar numa cadeira no teatro , no ônibus, no avião , no bar ou no restaurante não é acessibilidade? Acessibilidade não é um cego poder atravessar sozinho uma rua? Não é uma criança surda poder frequentar a escola e ter intérpretes de libras? Enfim, acessibilidade é a garantia de poder ir , vir e permanecer. É um direito de todos e para todos! O turismo acessível tem um enorme potencial. São cerca de 650 milhões de pessoas no mumdo que possuem altum tipo de necessidade especial e que viajam sempre com um acompanhante. Mas como estão as cidades preparadas para receber estes visitantes? Como está Salvador? Como está a Bahia? O que pensam os empresários do nosso turismo? Muitas empresas e estabelecimentos do país ainda não se adaptaram aos parâmetros e critérios de acessibilidade estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Frequentemente, alegam dificuldades financeiras ou mesmo falta de demanda do público com deficiência! Não só estão descumprindo uma lei, como atestam absoluta falta de informação! No nosso programa de hoje na Rádio Metrópole , recebemos um enorme número de telefonemas de prestadores de serviços que estão adaptando seus negócios para atender a este público especial. Bons ventos sopram! Sinal de que apesar de vivermos numa Salvador ainda tão despreparada e pouco atenta a importância de dotar a cidade de civilidade , de preparar uma morada digna para todo cidadão, existe a esperança de uma virada de mesa. Esperança que vem do povo! Das pessoas comuns! De gente como a gente, que anda em calçadas quebradas, que dirige em ruas esburacadas, que enfrenta semáforos defeituosos, cidade sem sinalização, lixo nas esquinas, trânsito caótico, praias abandonadas, insegurança nas esquinas. A esperança está no humano. Em gente como a gente: no limite! Curtir · · Compartilhar

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