segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O acompanhamento e a avaliação das ações de saúde durante o Galo da Madrugada, em Recife, na última semana, por integrantes da Câmara Temática de Saúde devem resultar em um sistema de monitoramento de riscos sanitários e atendimentos com integração entre agentes dos governos federal, estadual e prefeituras. “O teste foi superprodutivo, e demonstrou a necessidade de repetir eventos como esse, que devem passar a fazer parte da rotina do Sistema Único de Saúde”, avaliou o coordenador da Câmara Temática da Copa 2014, Adriano Massuda. » Leia mais: Ministério da Saúde realiza teste para o Mundial no Galo da Madrugada Segundo Massuda, testes como o realizado em Pernambuco ajudam a determinar que tipos de ocorrências devam ser monitorados e reportados às secretarias de Saúde e aos agentes do governo federal. “Todas as cidades-sede vão ter, até a Copa, sistemas de monitoramento de risco sanitário para acompanhar tudo que acontece durante o evento. Mas também vai além, já que um surto de diarreia pode acontecer num restaurante que não está nas redondezas do estádio”, afirmou. Outros eventos, como o São João e a Festa do Boi, em Parintins, também devem servir de teste para a câmara temática. O evento ainda serviu para testar o uso de um sistema de monitoramento com a utilização de ferramenta de gestão de risco e de equipamentos móveis que transmitiram os dados em tempo real. As ações do evento-teste também servirão como aprimoramento e qualificação da Força Nacional do SUS (FNSUS), criada ano passado para agir no atendimento a vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situações de risco epidemiológico que exijam uma resposta rápida e coordenada, apoio logístico e equipamentos adequados de saúde. Segundo Massuda, as primeiras simulações devem acontecer em abril. Para o coordenador, tanto o monitoramento em tempo real, quanto a integração entre os entes federativos serão legados deixados pela preparação para o Mundial. “A mobilização, o contato entre os entes federativos e o acompanhamento sistemático dos riscos são históricos. E vai ficar como legado para o SUS. A prevenção é essencial para um atendimento efetivo em caso de desastre ou emergência. Assim, é possível atuar com um menor tempo de resposta e evitar disseminação”, completa Massuda.

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